quarta-feira, 16 de abril de 2008

É de batata doce, não é doce de batata

Sabe aquela brincadeirinha em que te perguntam quais três coisas você levaria a uma ilha deserta? Pois é, nunca fiz essa lista. Sempre botei a língua para quem ousou me perguntar esta bobagem: qual a utilidade disto? Vou ponderar isto para quê?, respondo.

Por outro lado, para o desespero dos nutricionistas e nutrólogos, sempre me pareceu muito sensato fazer a lista do único (vejam bem, único) ingrediente que eu poderia comer pelo resto da minha vida. Há anos minha resposta permanece exatamente a mesma: batata.

Com batata eu posso fazer suflê, nhoque, bolinho, frita, suíça, pão e até pura com azeite. Ih, as opções são infindáveis.

Naturalmente que na dimensão onde eu só posso comer pratos derivados deste valoroso tubérculo, eu também tenho acesso aos demais ingredientes necessários à sua preparação, entende?
Além de tudo, como essa dimensão é minha e hoje estou generosa, eu também posso usar batata doce e fazer esta deliciosa torta salgada que o Fre adora. Esta aqui é em versão natalina:





Sabe como faz? Você prepara fazendo um purê de quatro batatas doces (grandalhonas, por favor). Em separado, frite no azeite de oliva um pouquinho de alho e um generoso punhado de pimenta vermelha picadinha (tire as sementes para não arder). Se quiseres uma versão carnívora, coloque também na frigideira uma lingüicinha picada ou pedacinhos pequenos de bacon. Misture à massa colocando ainda três ovos, fermento de bolo e sal, é claro. Despeje tudo numa forma muito, mas muito bem untada e enfarinhada. Asse no forno até o palito sair seco, saca?

Se grudar, não se assuste, bote por cima fatias de um presunto de boa qualidade (parma ou outro no mesmo padrão) que as pessoas vão pensar que você planejou colocá-los ali desde o princípio. Olha só que bonitinho:



Vou repetir: ninguém vai acreditar nessa história se você colocar presunto comum.

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