quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Para beber

Meio litro de chá preto bem forte com dois ou três paus de canela: coloque-os com a água ainda quente. Depois de frio, acrescente duas ou três maçãs grandes picadas e descaroçadas e meio litro de suco de maçã. Guarde a mistura na geladeira.


Na hora de servir, adicione ainda 1 litro de guaraná e 1 garrafa de espumante demi-sec.
Enfeite com um pau de canela. Sucesso garantido.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Manteiga temperada


Uma manteiga de boa qualidade (gosto da Aviação), arrumada num pratinho charmoso e salpicada com ervas finas é a dica do dia para acalmar os famintos antes da ceia de Natal. Sirvo com torradinhas, às vezes associada a este patê. Cerveja ou espumante acompanham muito bem.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

domingo, 11 de outubro de 2009

domingo, 10 de maio de 2009

Carré com cachaça e geléia de gengibre

Tenho feito carré de porco com uma certa frequência. É uma carne saborosa, bonita e a tenho encontrado com preços muito convidativos. Somos em três, e os pedaços comercializados por aqui tem a porção ideal, desde que bem acompanhados, é claro, pois esta família não brinca na mesa.

Este da foto, preparei temperando a carne com sal, pimenta do reino e alecrim. Numa panela de ferro, esquentei um esguicho de óleo de canola, deixei esquentar e selei a carne por dez minutos de cada lado, até ficar dourada. Com alguma paciência, fiz o mesmo nas laterais, equilibrando a carne com um daqueles garfos gigantes (alguém sabe o nome?).


Três cebolas médias foram descascadas, cortadas em quatro e jogadas na panela. Arrumei-as todinhas no fundo, protegendo a carne que ficou numa camada de cima. Larguei meia xícara de cachaça de gengibre (ligeiramente licoroso, mas ainda picante), tampei e deixei no forno médio por uma hora.

O carré saiu do forno deliciosamente macio e saboroso e já foi para o prato de servir salpicado por uma porção de tomilho fresco. As cebolas, ainda na panela, estavam bem caramelizadas e, parte delas, desmanchadas. Tirei algum queimadinho das laterais, devolvi a mistura ao fogo e acrescentei duas colheres de sopa cheias de geleia de gengibre e mais meia xícara daquela cachaça que falei antes. Mexi, regulei sal e pimenta do reino moída na hora e deixei ferver por alguns minutos para encorpar.

Sucesso total.

domingo, 19 de abril de 2009

Frango ao molho de ostras

A Ana e o Álcio reclamam da minha demora no supermercado. O marido, companhia mais frequente que a irmã, quase me enlouquece passando direto por prateleiras repletas de temperos, queijos frescos e geleias: quero ver só uma coisinha, repito ansiosa a cada parada não planejada.

Uma técnica na hora de pensar a lista de compras me proporciona alguns minutos a mais: escrevo frutas e legumes. Mantendo o mistério, posso parar para escolher os mais bonitos e optar entre cenouras ou beringelas, funcho ou alho-poró... é ali que vou juntando os melhores ingredientes e pensando a receita. Parece pouco para ti? Bem, sei que pode impacientar alguns, mas preciso te lembrar que isso é parte de um importante ritual.


O molho de ostra (sabor ostra - sejamos justos) foi achado ali mesmo, naquelas prateleiras que costumam ser desprezadas a despeitos dos tesouros que guardam. Ele foi o toque final, responsável pela cara de festa ao frango acebolado sem graça nenhuma.

Piquei uma cebola em pedaços médios e a fritei por alguns segundos na wok em óleo de canola bem quente. Em seguida, despejei os três filés de frango cortados em quadrados e deixei refogar até estar bem cozido. No final do preparo, acrescentei cerca de uma xícara de chá do molho e deixei apurar. Assim como o shoyo, ele é bem salgado e dispensa o sal.



Nesse meio tempo, assei cogumelos do tipo ostra (não resisti à poesia de combiná-los com o molho). Limpos, cortados em pedaços e levemente salgados, ficaram no forno por cerca de 15 minutos numa forma untada com azeite.

Servi num prato fundo: primeiro o frango, seguido pelos cogumelos e por um generosa porção de salsa e cebolinha picada. Acompanhou arroz, é claro.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Noz-moscada e macarrão

Tá enjoado da massinha na manteiga? Esta aqui é uma variação perfeita para acompanhar um bifinho ou um frango assado no forno.


Cozinhe a massa em água salgada, com folhas de louro e uns cinco ou seis dentes de alhos descascados e inteiros. Quando estiver al dente, escorra, despeje algumas colheradas de azeite de oliva de primeira e rale por cima uma bela porção de noz-moscada.

Tá pronto.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Torta folhada de fígado de galinha

Sei que muita gente torce o nariz, mas fígado preenche o meu imaginário de comida de vó. Sabe aquele alimento cheio de substância, feito especialmente para ti aos seis anos de idade, meio ranhenta e muito magrinha? Sim, benditas as avós que sempre nos acham magrinhas.


Apresentei esta tortinha toda orgulhosa aos guris, me sentindo uma matrona nutridora. Para prepará-la, piquei um talo de alho-poró em anéis e refoguei com azeite, sal e pimenta do reino. Depois de bem macio, acrescentei o figado de galinha cortado em pedaços e deixei cozinhar, mexendo de vez em quando, até ficar bem seco. Despejei, então, um copo tipo americano de cerveja e uma colher de sopa de alecrim e deixei ferver e ferver e ferver, até toda a mistura virar um grosso e pedaçudo patê de fígado - se for preciso, coloque mais um pouco de agua.

Nesse meio tempo, abri com um rolo de macarrão um pacote de massa filo amanteigada e previamente descongelada (não se intimide, basta seguir as instruções da embalagem). Coloquei 1/3 da massa na base e laterais de uma assadeira, larguei o recheio e cobri com mais 1/3, deixando um toque irregular na cobertura, só para dar charme. Pincelei com uma gema de ovo e coloquei no forno até ficar douradinho.

Comemos com salada.

domingo, 5 de abril de 2009

Aspargos verdes com legumes

Eu preparei estes legumes como acompanhamento para alguma coisa da qual não lembro mais. Fiz um enorme esforço, dei três pulinhos, pedi para o santo e não teve jeito. A memória continuou lá, como que de portas fechadas para mim.

Meu consolo é que o blackout se explica de alguma maneira. A guarnição estava tão gostosa, tão perfeita e tão bonita que nem dei bola para o prato principal. Para todos os efeitos, comemos batatas tenras, cenouras doces e aspargos verdes assados no ponto.


O prato começa a ser preparado ainda no mercado: sei que são tentadoras, mas fuja das cenouras grandonas e belíssimas à venda por aí. Escolha as menores, orgânicas se possível, e você vai sentir a diferença estratosférica no sabor.

De volta para a cozinha, coloque quatro ou cinco batatas bem lavadas na panela, junte a mesma quantidade de cenouras, cubra com água, coloque um cubo de caldo de legumes e três folhas de louro. Deixe cozinhar, escorra, jogue na água fria, descasque e corte em pedaços: metades para as cenouras, quatro partes para as batatas.

Prepare agora os aspargos eliminando a parte branca inferior. Não tem erro, ela é fibrosa e tem cerca de dois centímetros. Corte e está pronto. Lambuze-os com azeite de oliva e coloque-os numa assadeira, salpique sal e pimenta. Junte as cenouras e as batatas, regue com mais um pouco de azeite, pimenta do reino moída na hora e umas três colheres de sopa de tomilho fresco. Asse no forno por 10 minutos. Sim, isso é tudo que aspargo precisa para ficar deliciosamente pronto.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Suflê de chocolate

O frio já está começando a dar as caras por aqui. Mesmo tímido, foi o suficiente para me fazer lembrar desta sobremesa que tem tudo a ver com outono. Deliciosa, ela faz de conta que é complicada só para nos encher de orgulho. Aproveite e minta, diga que ralou horas para prepará-la, exija beijo na mão, tapete vermelho e lágrimas nos olhos de cada um dos convivas. Acredite, eles vão retribuir.



Para prepará-la, derreta em banho maria ou no microondas uma barra de chocolate meio amargo e um terço de uma barra de chocolate ao leite. Deixe esfriar um pouco, mas sem endurecer.

Bata três gemas de ovos com seis colheres de açúcar. Assim que espumar, acrescente uma xícara de creme de leite fresco e bata mais um pouco. Misture o chololate derretido, três colheres de sopa de farinha e, por último, misture três claras batidas em neve.

Disponha a massa em ramequins untados com manteiga. Para que o suflê cresça melhor e mais bonito, passe uma faca nas laterais da forma antes de colocá-lo no forno. Asse por 20 a 30 minutos (faça o teste do palito: ele deverá sair úmido, com alguma resistência).

Está pronto. Coma logo antes que murche!

segunda-feira, 16 de março de 2009

Filezinhos de porco com alho e alecrim

Estou numa fase home cook meal. Sempre que posso, prefiro arroz, feijão, carne, legumes e salada. Deliciosos, mas, cá entre nós, pouco postáveis e nem sempre fotogênicos. As carnes, tenho preferido fazê-las na panela de pressão, o que tem me rendido muito sabor e pouco trabalho.

Foi o que aconteceu com estes filezinhos de porco, cortados em escalopes ligeiramente grossos, temperados com um pouquinho de sal e pimenta e selados com óleo de canola. Missão cumprida, joguei na panela meia cabeça de alho picado e sem pele, uma colher de sopa de colorau e outra de alecrim.


Depois de tudo levemente tostado, despejei três cálices de vinho branco, tampei e deixer cozinhar por cerca de 40 minutos com cuidado para não secar demais. Se achares necessário, coloque ainda um pouco de água. O caldo ficou grosso e aromático. Se isto lhe preocupa, já me adianto em dizer que não ficou com gosto acentuado de alho.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Torta fria de atum

Alguns já chamam de vintage food, outros, mais práticos, dizem que é comida brega mesmo. Eu confesso que fico totalmente alheia à discussão e prefiro chamá-la de gostosura. Sim, estou falando da torta fria. Popularíssima nos anos 80, era prato obrigatório em festas de aniversário, ceias de família e faustos almoços de domingo.


Tão boa quanto simples, ela exige do cozinheiro habilidades similares ao da preparação de um sanduíche. Comece escolhendo um bom pão especial para torta fria. Eles estão à disposição na maioria dos supermercados e são cortados na horizontal, ao contrário do tradicional, para sanduíche. Se não encontrares, compre um pão retangular inteiro, tire a casca e faça você mesmo os cortes longitudinais.

Faço com bastante frequência esta versão de atum, porque abrir a latinha é bem mais fácil que cozinhar e desfiar um frango. O prato, naturalmente, ainda permite dezenas de variações: com frios, legumes, picles e o que couber na sua imaginação e paladar.

Começo picando finamente uma cebola branca e deixando-a de molho no suco de um limão por 15 minutos. Ele se encarregará de tirar parte do ardido. Despejo duas latas de atum ralado com molho de tomate (já experimentei com várias versões de atum e esta foi a melhor), uma lata de milho e outra de ervilha, além de duas xícaras de maionese. Às vezes também incluo um pouco de salsinha picada.


Misturo bem e monto: uma fatia de pão, uma camada generosa de recheio. Repito a operação sucessivamente e depois cubro tudo com mais uma porção de maionese. Dessa vez, enfeitei rapidamente com metades de tomate cereja. Todos elogiaram e repetiram tanto que até faltou!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Arroz de jasmim com frango e curry

Estamos encantados e apaixonados pelo arroz de jasmim. Virou mania aqui em casa e temos comido com bastante frequência, geralmente branquinho mesmo, acompanhando uma carne, frango ou um peixe mais encorpado.

Ele é típico da culinária tailandesa. A versão tradicional, lá do oriente, pede todo um ritual de preparação que ignoro totalmente. Eu o faço como o arroz tipo agulha mais simples. Frito rapidamente, acrescento sal e água fervente. Deixo cozinhar até ficar macio.

Muito antes de comer, você vai começar a entender porque pagou quatro vezes mais por ele: o perfume exala suavemente por toda a cozinha. Então você experimenta e não consegue explicar. É só arroz, como pode ser tão bom? Para acentuar o sabor, faço o refogadinho inicial com manteiga. Uh, lá, lá!

Semana passada o arroz branco foi substituído por uma versão prato único, só um pouquinho mais elaborado. Fritei na wok uma cebola picada com uma colher de manteiga e outra de óleo (para a manteiga não queimar). Assim que começou a amaciar, acrescentei um peito de frango cortado em cubos, um pouco de sal, uma colher de sobremesa de curry duas xícaras de arroz e quatro de água. Deixei cozinhar, mexendo de vez em quando e repondo um pouco de água quando necessário.


Nesse meio tempo, preparei no vapor duas xícaras de ervilhas tortas. Salguei, lambuzei com azeite de oliva e esperei enquanto mexia o arroz. Acrescentei-as já no finalzinho do preparo, quando o arroz já estava quase seco. Regulei os temperos e acrescentei uma misturinha de ervas finas por cima de tudo. Sucesso garantido.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Couve-flor sem culpa

Como nem tudo na vida pode ser feito de chocolate, aproveitamos um desses finais de semana para comer low fat. Embora não possa ser comparada a uma costela gorda, a receita ficou bem saborosa e leve, bom para desintoxicar a mente de tantas calorias.


Lavei e cortei um pé de couve-flor, separando-o em raminhos. Deixei-o de molho por alguns minutos com suco de limão e água. O suco devolve a alvura ao vegetal e tira todas aquelas pequenas manchas de "ferrugem" que aparecem depois de um dia na geladeira.

Enxaguei e o cozinhei coberto por água com um tablete de caldo de legumes, cinco ou seis dentes de alho descascados e duas folhas de louro. Assim que ficou no ponto ideal de cozimento (nem tão firme, nem tão mole, saca?), escorri a água e separei o alho com algum cuidado para não desmanchá-lo no primeiro toque.

Amassei, então, os dentes de alho com um garfo e os misturei com uma xícara e meia de ricota fresca (tipo Käs-Schmier), sal, pimenta do reino e duas colheres de sopa de azeite de oliva (ou mais, conforme o gosto do freguês). Acrescentei a mistura à couve-flor e deixei gelar. Na hora de servir, salpiquei salsa, cebolinha e muita semente de funcho, que deu um toque final todo especial.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Bolo delícia de chocolate

Semana passada o marido comemorou a passagem de mais um aninho. Generoso que é, permitiu-me enlouquecer no cardápio sem fazer quaisquer interferências. Em troca, pediu só um bolo de chocolate com cobertura: "nada de ganache, nada de morangos, nada de merengue. Por favor, eu só quero chocolate com cobertura de negrinho", implorou. Dá para recusar?

Fiz o bolo com o que acredito ser a melhor proporção de ingredientes para deixar a massa com o interior macio e as bordas crocantes. Comecei com uma xícara de manteiga mole batida com a mesma medida de açúcar. Assim que incorporou, acrescentei dois ovos, um de cada vez, sem parar de bater. Logo que a mistura foi ficando fofa, despejei meia xícara de creme de leite fresco e três colheres de sopa de leite.


Depois de misturado, desliguei a batedeira e acrescentei uma xícara de farinha de trigo peneirada, uma colher de sobremesa de fermento químico e uma colher de chá de bicarbonato de sódio. Por último, 3/4 de xícara de chocolate em pó sem açúcar. Se fores fazer este bolo, não perca seu tempo com achocolatados.

Bati mais um pouco e coloquei a massa numa forma untada e enfarinhada por cerca de 40 minutos no forno moderado e usei o truque do palito antes de desligar o forno. Gosto de assar bolo em calor brando para que ele cresça igualmente por todos os lados.

A cobertura foi feita com duas latas de leite condensado, a mesma medida de leite (usei semidesnatado), duas colheres bem generosas de manteiga e meia xícara de chocolate em pó. Cozinhei em fogo baixo mexendo sempre com um fouet por cerca de 20 minutos, até ficar no ponto de cobertura. Obs: quando sentires que o braço está praticamente descolado do ombro, ainda falta um pouco para ficar pronto. Sim, sei que é cansativo, mas tenha fé que vale a pena.

Espere a cobertura esfriar um tanto e cubra o bolo com porções generosas. Usei um bico para decorar e foi um sucesso.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Camarão frito para o Intercâmbio Culinário

Quando a Manuela me disse que fazia este prato com certa regularidade, mas nunca lembrava de fotografá-lo, achei difícil de acreditar. Entendam, desde que dei início a este blog, tornei-me uma fotógrafa (de comida) compulsiva. A família já começou a se queixar: nas festas, esqueço dos convidados e concentro-me em registrar somente os quitutes.

Mas bem, ia falando da minha parceira Manuela. Somos colegas de Intercâmbio Culinário, uma experiência que reúne uma brasileira e uma portuguesa para troca de receitas típicas de seus países. Em homenagem ao dia de São Valentim, comemorado lá em Portugal, Manuela preparou uma porção de bem-casados com doce de leite e eu uma romântica receita de camarão picante.

Manuela me alertou que tratava-se de uma iguaria difícil de resistir. O molhinho fantástico é uma festa ao paladar e quase fez-me esquecer de tirar as fotos que registram este post. Entre o fogão e mesa, devorei vários destes petiscos sem sequer pensar que máquinas fotográficas e blogs existiam. Verdade, Manuela, foi bem difícil resistir.

Para não chamar de chata, digo que a parte mais terapêutica do preparo é tirar as cabeças e descascar os 500g de camarão fresco, deixando apenas o rabinho. Acredite, o resultado vale cada segundo estripando o inocente crustáceo.


Cubra o fundo de uma panela com azeite, despeje o camarão e uma pitada de colorau (tempero a base de urucum). Deixe fritar, mexendo de vez em quando com uma colher de pau que ele fique vermelhinho. Adicione, então, cerca de 4 dentes de alho picados e piri-piri (pimenta) a gosto. Como não dispomos desta iguaria, usei um mix de malagueta para o preparo de chilli, mas a Manuela explicou que também podemos usar qualquer molho de pimenta tipo tabasco.


Agora é hora de acrescentar o sal, suco de meio limão e três colheres de sopa de manteiga. Misture bem e deixe o molho apurar por cerca de cinco a sete minutos. Sirva quente como entrada com pãozinho de alho ou torradinha (foi a nossa opção).

Obrigada Manuela, a família agradece!!!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Moqueca mezzo gaúcha

Já que por aqui a gente entende mesmo é de picanha, é com um ligeiro constrangimento que vou postar esta receita de moqueca. Tudo bem, melhor chamá-la de mezzo-moqueca, já que foi feita sem camarão, sem farofa e sem pirão (até rimou) e com pouquíssima pimenta - para agradar a uma maioria pouco chegada à comida "quente", como chamam os baianos*.


Eu a preparei despejando uma xícara de azeite de dendê numa panela larga e funda. Ali, refoguei (nessa mesma ordem) duas cebolas grandes picadíssimas no processador, seguida por um pimentão verde e outro vermelho cortados em cubinhos e dois tomates sem pele e sem semente. Acrescentei um maço de coentro picado e assim que a mistura começou a liberar um pouco de caldo, acomodei com cuidado 2,5 kg de filé de corvina, limpo: sem espinha, nem cartilagem. Além de temperar o refogado com um pouco de sal, salguei o peixe antes de colocá-lo na panela.

Em tempo: o prato precisa ser feito com um peixe de carne mais firme, que resista e não desfie no cozimento. Eu pergunto a melhor opção do gênero disponível na peixaria...

Acomodei o peixe em camadas e coloquei um pouquinho de água fervente para não queimar o fundo. Deixer cozinhar por cerca de 15 minutos, coloquei mais duas xícaras de leite de coco de garrafinha e deixei o molho apurar e o peixe cozinhar por mais uns 20 minutos.

Servimos com arroz branco e salada verde. Alimentou seis adultos e o Antônio.

*comida apimentada

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Torta de Maracujá do Fred

Quem trouxe esta receita para casa foi o Frederico. Ainda pequeno, foi o souvenir anotadinho depois de uns dias de férias passados com minha irmã há alguns anos. Além de abraçar, beijar, afofar e beliscar, achei que era o melhor jeitinho de demonstrar minha saudade e recebê-lo depois de uma semana na praia com os amigos.


Preparei a massa com um pacote de bolacha Maria triturado e misturado a 150g de manteiga amolecida. Apertei esta mistura contra o fundo e as laterais de uma forma com aro removível e por cima salpiquei uma barra de chocolate meio amargo picadíssima.

O recheio foi preparado no liquidificador, misturando uma lata de leite condensado, a mesma medida de suco de maracujá concentrado, uma lata de creme de leite e um envelope de gelatina sem sabor já dissolvida conforme as instruções da embalagem. Bati, larguei dentro da forma e deixei gelando por umas oito horas ou até endurecer.


Para enfeitar e dar aquele azedinho bom, coloquei a polpa de um maracujá por cima de tudo. O filhote comeu tudo!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Salada de frango com coentro

O desejo era de uma comidinha fresca, um prato único com mínimo trabalho e máximo retorno. Embora eu odeie desfiar carnes de todo o tipo, a vontade venceu a preguiça e o frango foi eleito para virar o almoço de um sábado cheio de sol e calor. A companhia ideal para uma coca-cola geladinha seguida por uma tarde de pernas para cima.


Cozinhei um peito de frango na água com duas folhas de louro e um cubo de caldo de galinha. Esperei esfriar e desfiei. Nesse meio tempo, deixei assando no forno até dourar (é preciso mexer uma ou duas vezes) uma beringela cortada em cubos, besuntada com bastante azeite de oliva e um pouco de sal e pimenta do reino.

Cortei uma cebola em pedaços pequenos e deixei de molho em três colheres de sopa de vinagre branco de arroz. Nessa mistura, coloquei um tomate e um pimentão verde picado em cubos, ambos sem suas respectivas sementes. Misturei a carne e a beringela (já frias), regulei o sal e o azeite e, para finalizar, acrescentei um maço de coentro picado.

A erva é todo o diferencial da salada: confere frescor, perfume e unidade. Então, a receita permite que você faça milhares de variações, substitua os ingredientes à vontade, use sobras de carne assada, tomates cereja, abobrinhas e até frutas. Só não pode mesmo é tirar o coentro...

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Sagú de leite da sogra

Mesmo sabendo que conselho bom não se dá, vou ignorar a sabedoria popular, abrir o meu consultório e alertar às moças e rapazes casadoiros: receita de sogra não se repete. Se você for bobo para fazer, não pergunte ao companheiro se ficou bom e não tente competir com uma memória de infância.

Conto isso porque um dos sabores mais preciosos guardado pelo marido é o sagú de leite. Para quem não sabe, sagú são bolinhas de tapioca (farinha de mandioca) que são cozidas até formar um creme espesso. É muitíssimo popular na região em que moramos e quase sempre é cozido numa calda de vinho tinto, suco de uva ou suco de laranja (este último, mais raramente).

Qual não foi minha surpresa quando fui apresentada ao sagú de leite. Fiquei pasma, mais ainda quando percebi a surpresa do marido com o meu desconhecimento: como assim? Nunca comeste sagú de leite? Minha reação foi franzir a testa, olhar no fundo do olho e perguntar: amoôor, tens certeza de que isso existe mesmo?

Sim, claro que existe, vim a descobrir. É uma das especialidades da minha sogra e foi acrescida ao cardápio da família pelas mãos do Álcio, que, sem paciência de esperar a iniciativa materna e desiludido com minhas negativas em fazer a iguaria, começou a prepará-la e se saiu muito bem na brincadeira.


A receita pede uma xícara de sagú que deve ser deixado de molho em água por cerca de uma hora. Depois desse período, escorra-o e transfira-o para uma panela grande com duas xícaras de leite semidesnatado e uma colher de sobremesa de cravos da índia.

Quando começar a ferver, acrescente cerca de meia xícara de açúcar. Coloque devagar e vá experimentando até acertar o sabor. Deixe cozinhar na fervura em fogo baixo até as bolinhas ficarem macias. Fique de olho, mexendo sempre para o açúcar não queimar demais no fundo da panela (um pouquinho fica ótimo - acreditem) e para que as bolinhas não desmanchem. Se engrossar demais, acrescente um pouco mais de leite.

Sirva morno com canela em pó.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Tomate preguiçoso

Ai que calor, ai que preguiça de cozinhar que o novo ano me trouxe...

Para compensar, fiz uma linda saladinha com muzzarela de búfala bem branquinha, tomates maduros bem vermelhos (eca para os tipo longa-vida) e orégano seco verdinho, verdinho, só para homenagear a bandeira italiana.


O molho foi preparado com três colheres de sopa de azeite de oliva, 1 colher de sopa de vinagre de arroz (este que usamos para fazer sushi), sal e pimenta do reino. O vinagre balsâmico, meu preferido, foi dispensado para não macular a alvura do queijo.
Já pode comer!