Alguns já chamam de
vintage food, outros, mais práticos, dizem que é comida brega mesmo. Eu confesso que fico totalmente alheia à discussão e prefiro chamá-la de gostosura. Sim, estou falando da torta fria. Popularíssima nos anos 80, era prato obrigatório em festas de aniversário, ceias de família e faustos almoços de domingo.

Tão boa quanto simples, ela exige do cozinheiro habilidades similares ao da preparação de um sanduíche. Comece escolhendo um bom pão especial para torta fria. Eles estão à disposição na maioria dos supermercados e são cortados na horizontal, ao contrário do tradicional, para sanduíche. Se não encontrares, compre um pão retangular inteiro, tire a casca e faça você mesmo os cortes longitudinais.
Faço com bastante frequência esta versão de atum, porque abrir a latinha é bem mais fácil que cozinhar e desfiar um frango. O prato, naturalmente, ainda permite dezenas de variações: com frios, legumes, picles e o que couber na sua imaginação e paladar.
Começo picando finamente uma cebola branca e deixando-a de molho no suco de um limão por 15 minutos. Ele se encarregará de tirar parte do ardido. Despejo duas latas de atum ralado com molho de tomate (já experimentei com várias versões de atum e esta foi a melhor), uma lata de milho e outra de ervilha, além de duas xícaras de maionese. Às vezes também incluo um pouco de salsinha picada.

Misturo bem e monto: uma fatia de pão, uma camada generosa de recheio. Repito a operação sucessivamente e depois cubro tudo com mais uma porção de maionese. Dessa vez, enfeitei rapidamente com metades de tomate cereja. Todos elogiaram e repetiram tanto que até faltou!