Quando criança imaginava que tatu não era carne de boi, mas do bichinho homônimo e ficava horrorizada em comê-lo. Mais tarde ouvi alguém chamando de lagarto e, nossa: que nojo, eu não vou comer isso, pensava.
Hoje é um dos cortes que mais gosto e não me importa mais o nome que recebe. Tatu se presta para um bife rápido, uma sopa magra ou para uma carne de panela (acho que esta é a melhor maneira de prepará-lo).

Este aqui da foto, comecei a preparar no dia anterior. Numa panela de ferro, fritei uma xícara de bacon bem picadinho e uma cebola cortada muito fina. Logo que a cebola começou a dourar, acrescentei o pedaço inteiro e deixei selar por todos os lados. Em seguida, coloquei três tomates sem pele e sem sementes e cobri com muita água.
Essa mistura ferveu por cerca de uma hora e meia até secar a água. Abri uma latinha de cerveja preta doce (tipo malzbier), joguei na panela e esperei reduzir. Bem, na verdade, essa era minha intenção. Infelizmente, esqueci o que fazia e deixei que a mistura queimasse (só um pouquinho, ok?). Confesso que o sabor não saiu prejudicado, mas o molho ficou um tantinho mais escuro do que eu queria - hehe.
Na manhã seguinte, cobri a carne novamente com água e deixei ferver por uns 30 minutos. Em seguida, acrescentei as favas lavadas. A mistura cozinhou por mais 30 ou 40 minutos, até elas ficarem macias e o molho bem encorpado.
As favas são um capítulo à parte. Não sei de onde vêm nem por que razão. Para mim, são sementes verdes que brotam em saquinhos na banca de legumes lá do mercado público. Minha mãe as fazia ensopadinhas com molho e carne moída. Eu estou buscando algumas alternativas para disfarçar a minha falta de habilidade para o ensopado perfeito.