sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Alface com maçã

Sim, sim. Estou sabendo que parecemos três glutões que comem quilos de carboidratos e chocolate diariamente. Embora esta imagem não esteja tão longe da realidade, junto com as calorias também ingerimos outras coisinhas saudáveis como esta salada verde.


Tenho andado à procura de alternativas interessantes para trazer mais prazer e variedade ao capim nosso de cada dia. Sempre alterno folhas diferentes e, por serem mais nutritivas, procuro optar pelas pelas de cor escura.

O molho desta aqui surgiu num daqueles momentos de inspiração que (ufa!) deram certo. Peguei um punhado de maçã seca, dessas que usamos para fazer chá. Cortei-as em pedaços pequenos, hidratei com bastante azeite de oliva e umas gotinhas de vinagre balsâmico.

Na saída, temperei com sal e pimenta do reino, agitei com vontade e misturei às folhas.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Tatu com favas

Quando criança imaginava que tatu não era carne de boi, mas do bichinho homônimo e ficava horrorizada em comê-lo. Mais tarde ouvi alguém chamando de lagarto e, nossa: que nojo, eu não vou comer isso, pensava.

Hoje é um dos cortes que mais gosto e não me importa mais o nome que recebe. Tatu se presta para um bife rápido, uma sopa magra ou para uma carne de panela (acho que esta é a melhor maneira de prepará-lo).


Este aqui da foto, comecei a preparar no dia anterior. Numa panela de ferro, fritei uma xícara de bacon bem picadinho e uma cebola cortada muito fina. Logo que a cebola começou a dourar, acrescentei o pedaço inteiro e deixei selar por todos os lados. Em seguida, coloquei três tomates sem pele e sem sementes e cobri com muita água.

Essa mistura ferveu por cerca de uma hora e meia até secar a água. Abri uma latinha de cerveja preta doce (tipo malzbier), joguei na panela e esperei reduzir. Bem, na verdade, essa era minha intenção. Infelizmente, esqueci o que fazia e deixei que a mistura queimasse (só um pouquinho, ok?). Confesso que o sabor não saiu prejudicado, mas o molho ficou um tantinho mais escuro do que eu queria - hehe.

Na manhã seguinte, cobri a carne novamente com água e deixei ferver por uns 30 minutos. Em seguida, acrescentei as favas lavadas. A mistura cozinhou por mais 30 ou 40 minutos, até elas ficarem macias e o molho bem encorpado.

As favas são um capítulo à parte. Não sei de onde vêm nem por que razão. Para mim, são sementes verdes que brotam em saquinhos na banca de legumes lá do mercado público. Minha mãe as fazia ensopadinhas com molho e carne moída. Eu estou buscando algumas alternativas para disfarçar a minha falta de habilidade para o ensopado perfeito.

domingo, 17 de agosto de 2008

Pasta de beringela e uma oração

"Senhor, fazei com que se eu não emagrecer, que pelo menos as minhas amigas engordem".

Ganhei esta oração das minhas colegas de trabalho (corajosas) e, desde então, a recito diariamente. Ela veio impressa nesta tigela linda e bem-humorada que, é claro, me encantou na hora. De saída, para mostrar minha boa vontade em não influir na balança alheia, eu a usei para uma pastinha de beringela praticamente dietética.


Piquei em quadrados regulares duas beringelas pequenas, um pimentão vermelho grande, um tomate pequeno sem pele e sementes (apenas para liberar um pouco de suco), uma porção generosa dessas misturinhas de ervas finas (geralmente contém sálvia, tomilho, majerona e alecrim, às vezes manjericão e orégano). Uma porção à gosto de pimenta do reino moída, sal e muito azeite de oliva. Ele deve cobrir cada micro-pedacinho, estar misturado a todos os ingredientes (use a mãos, sem medo) e sobrar um pouco no fundo da assadeira.

Cubra tudo com papel alumínio e coloque para assar no forno quente por 20 minutos. Tire o papel e deixe mais uns 20 minutos mexendo de vez em quando para que os pedaços dourem por igual. Quando esfriar, regule o sal e pimenta, se necessário e misture muitas folhas de hortelã. Dura vários dias na geladeira e fica uma delícia com um pãozinho torrado.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Simple chocolate muffins

Estes muffins foram o resultado de mais uma incursão com as minhas forminhas de cup cakes ainda relativamente novas. Como adoro esse formato, eu as tenho usado para assar praticamente tudo, nem sempre adequando o uso com muita propriedade. Mas não posso falar isso destes muffins de chocolate, pois são eles que dão sentido à existência das pequenas fôrmas.


Não posso ser classificada como chocólatra. Sou, digamos assim, uma apreciadora contumaz. Defendo a tese de que chocolate é bom com mais chocolate. Seguindo esta lógica, abomino misturinhas com frutas, cremes ou quaisquer coisas (mesmo que deliciosas em outras circunstâncias) que não se enquadrem neste perfil.

Meus muffins são assim e foram preparados com 3 ovos batidos, onde acresci 3/4 de xícara de açúcar, duas de nata e ainda três colheres de manteiga. Depois de bater bem, despejei uma barra (daquelas de 200g) de chocolate ao leite e 2/3 de chocolate meio amargo bem derretidas e homogêneas. Nessa massa, acrescentei uma xícara e meia de farinha e duas colheres de fermento químico.


Distribuí o conteúdo nas forminhas com papelotes e assei até o palito sair seco. Por fora, uma casquinha ligeiramente crocante. Por dentro, maciez, umidade e um sabor de chocolate que derrete na boca. Nós três comemos toda a fornada em poucos minutos. Sucesso total!

domingo, 10 de agosto de 2008

Talharim com dois tomates

Não fazemos grandes elaborações para matar a fome todo o dia: manteiga e alho, azeite e manjericão, tomate e parmesão, quase sempre com um talharim número dois ou número quatro, os preferidos. Perdoem-me o trocadilho, mas massa é arroz de festa (hehe) aqui em casa porque é fácil, rápida, gostosa e engorda - se não me cuidar, acabo emagrecendo*.


Como os tomates andam muito feiosos, aproveitei para fazer este molho com um punhado de tomates cerejas. Salvei só um grandão, do tipo paulista, tirei a pele e as sementes e reservei. Numa panela, fritei uma cebola cortada sem muita cerimônia no azeite de oliva, assim que ela clareou um pouco, acrescentei o tomate picado e deixei-o desmanchar. Esta mistura vai ressecando e às vezes precisa de um pouquinho de água para não queimar. Cortei os tomates cerejas em metades e acresci ao molho, refogando com cuidado para não amolecer demais. Tampei a panela e deixei cozinhando com um pouco de vapor.

Se você for fazer a receita, esta é a hora de colocar sal, pimenta do reino e experimentar. Se sentires alguma acidez, coloque uma ou duas pitadas de açúcar e volte a regular o sal. Junte à massa pronta. Por cima, cubra com uma misturinha de manjerona, sálvia e orégano.

Se me permitires, sugiro que você esqueça que existe queijo ralado em saquinho. Essa porcaria custa caro e só serve para salgar e tapar o gosto da massa. Um pedaço inteiro do parmesão mais sem-vergonha do mercadinho já faz bonito se você o ralar na hora sobre o macarrão. Depois enrole-o num plástico e guarde-o na geladeira por semanas, sem preocupação.

*a piada é velha e não me pertence, uso-a sem pedir licença porque fui incapaz de resistir.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Reciclagem na cozinha

Em tempos de conscientização ambiental, as brincadeiras voltadas à reciclagem estão na pauta. Vale usar papel velho, garrafa pet, embalagens vazias e o que vier à cabeça. Quem tem talento pode fazer maravilhas. Eu, por outro lado, nasci com duas mãos esquerdas e me contento em separar o lixo, guardar o óleo e evitar o desperdício.

Mas quando preparo pratinhos como este aqui, sinto-me uma verdadeira militante ambiental. É sempre a mesma coisa, compro beterrabas e "brigo" com o feirante para que as folhas não sejam postas no lixo. Saborosíssimas e muito nutritivas, elas podem ser aproveitadas numa infinidade de pratos: cremes, sopas, saladas ou num refogadinho básico como este aqui.



Basta picar as folhas e juntá-las na panela com azeite de oliva e o que mais desejares (dessa vez coloquei abobrinhas). Só modere no sal, pois ela não tolera muito a mão pesada. No finalzinho do cozimento, acrescente um ou dois ovos batidos e pronto.

Enquanto preparava, esquentei um pãozinho no forno que serviu de cama para a iguaria. Por cima, um queijo parmesão ralado na hora.