Uma técnica na hora de pensar a lista de compras me proporciona alguns minutos a mais: escrevo frutas e legumes. Mantendo o mistério, posso parar para escolher os mais bonitos e optar entre cenouras ou beringelas, funcho ou alho-poró... é ali que vou juntando os melhores ingredientes e pensando a receita. Parece pouco para ti? Bem, sei que pode impacientar alguns, mas preciso te lembrar que isso é parte de um importante ritual.

O molho de ostra (sabor ostra - sejamos justos) foi achado ali mesmo, naquelas prateleiras que costumam ser desprezadas a despeitos dos tesouros que guardam. Ele foi o toque final, responsável pela cara de festa ao frango acebolado sem graça nenhuma.
Piquei uma cebola em pedaços médios e a fritei por alguns segundos na wok em óleo de canola bem quente. Em seguida, despejei os três filés de frango cortados em quadrados e deixei refogar até estar bem cozido. No final do preparo, acrescentei cerca de uma xícara de chá do molho e deixei apurar. Assim como o shoyo, ele é bem salgado e dispensa o sal.

Nesse meio tempo, assei cogumelos do tipo ostra (não resisti à poesia de combiná-los com o molho). Limpos, cortados em pedaços e levemente salgados, ficaram no forno por cerca de 15 minutos numa forma untada com azeite.
Servi num prato fundo: primeiro o frango, seguido pelos cogumelos e por um generosa porção de salsa e cebolinha picada. Acompanhou arroz, é claro.