quinta-feira, 19 de março de 2009

Suflê de chocolate

O frio já está começando a dar as caras por aqui. Mesmo tímido, foi o suficiente para me fazer lembrar desta sobremesa que tem tudo a ver com outono. Deliciosa, ela faz de conta que é complicada só para nos encher de orgulho. Aproveite e minta, diga que ralou horas para prepará-la, exija beijo na mão, tapete vermelho e lágrimas nos olhos de cada um dos convivas. Acredite, eles vão retribuir.



Para prepará-la, derreta em banho maria ou no microondas uma barra de chocolate meio amargo e um terço de uma barra de chocolate ao leite. Deixe esfriar um pouco, mas sem endurecer.

Bata três gemas de ovos com seis colheres de açúcar. Assim que espumar, acrescente uma xícara de creme de leite fresco e bata mais um pouco. Misture o chololate derretido, três colheres de sopa de farinha e, por último, misture três claras batidas em neve.

Disponha a massa em ramequins untados com manteiga. Para que o suflê cresça melhor e mais bonito, passe uma faca nas laterais da forma antes de colocá-lo no forno. Asse por 20 a 30 minutos (faça o teste do palito: ele deverá sair úmido, com alguma resistência).

Está pronto. Coma logo antes que murche!

segunda-feira, 16 de março de 2009

Filezinhos de porco com alho e alecrim

Estou numa fase home cook meal. Sempre que posso, prefiro arroz, feijão, carne, legumes e salada. Deliciosos, mas, cá entre nós, pouco postáveis e nem sempre fotogênicos. As carnes, tenho preferido fazê-las na panela de pressão, o que tem me rendido muito sabor e pouco trabalho.

Foi o que aconteceu com estes filezinhos de porco, cortados em escalopes ligeiramente grossos, temperados com um pouquinho de sal e pimenta e selados com óleo de canola. Missão cumprida, joguei na panela meia cabeça de alho picado e sem pele, uma colher de sopa de colorau e outra de alecrim.


Depois de tudo levemente tostado, despejei três cálices de vinho branco, tampei e deixer cozinhar por cerca de 40 minutos com cuidado para não secar demais. Se achares necessário, coloque ainda um pouco de água. O caldo ficou grosso e aromático. Se isto lhe preocupa, já me adianto em dizer que não ficou com gosto acentuado de alho.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Torta fria de atum

Alguns já chamam de vintage food, outros, mais práticos, dizem que é comida brega mesmo. Eu confesso que fico totalmente alheia à discussão e prefiro chamá-la de gostosura. Sim, estou falando da torta fria. Popularíssima nos anos 80, era prato obrigatório em festas de aniversário, ceias de família e faustos almoços de domingo.


Tão boa quanto simples, ela exige do cozinheiro habilidades similares ao da preparação de um sanduíche. Comece escolhendo um bom pão especial para torta fria. Eles estão à disposição na maioria dos supermercados e são cortados na horizontal, ao contrário do tradicional, para sanduíche. Se não encontrares, compre um pão retangular inteiro, tire a casca e faça você mesmo os cortes longitudinais.

Faço com bastante frequência esta versão de atum, porque abrir a latinha é bem mais fácil que cozinhar e desfiar um frango. O prato, naturalmente, ainda permite dezenas de variações: com frios, legumes, picles e o que couber na sua imaginação e paladar.

Começo picando finamente uma cebola branca e deixando-a de molho no suco de um limão por 15 minutos. Ele se encarregará de tirar parte do ardido. Despejo duas latas de atum ralado com molho de tomate (já experimentei com várias versões de atum e esta foi a melhor), uma lata de milho e outra de ervilha, além de duas xícaras de maionese. Às vezes também incluo um pouco de salsinha picada.


Misturo bem e monto: uma fatia de pão, uma camada generosa de recheio. Repito a operação sucessivamente e depois cubro tudo com mais uma porção de maionese. Dessa vez, enfeitei rapidamente com metades de tomate cereja. Todos elogiaram e repetiram tanto que até faltou!